quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Capítulo 05

Na cabeça de Raul, tudo aquilo era perfeito, o perigo o excitava também. Viver um amor perigoso. Parecia tudo um sonho, como nos filmes da Disney que ele assistia. Os dois correndo nas ruas da independência, perigosamente apaixonados.

Rafael – E meu beijo?
Raul – Teu beijo? Quem deu o beijo fui eu.
Rafael – Nós demos o beijo.
Raul – Verdade! Você parecia um anjo, ali jogado nessa grama. Quando cheguei na esquina da praça e te vi, pensei. Tenho que me jogar em cima dele e beijar.
Rafael – Eu gosto de atitude! E que beijo bom! Quero repetir...

Sem que Raul tivesse a oportunidade de responder, Rafael lascou outro beijo. Um beijo ainda mais longo, com mordidas e lambidas atrás da orelha. Fazendo com que Raul viajasse sobre aquele beijo.

Rafael – Quero dar um apelido para você. Posso?
Raul – Ahhh! Não gosto de apelidos. Mas, podes apelidar.
Rafael – Você é o meu ruivinho.
Raul – Ruivinho?
Rafael – Sim! Os teus cabelos estão vermelhos com o reflexo do sol.

Raul, tinha cabelos loiros e cacheado, o que provocava um contraste muito lindo. Já que sua pele era morena. Sobre a luz do sol, os cachos loiros transformavam-se em cachos ruivos. Os seus olhos eram castanhos iguais os de Rafael e sua estatura era mediana.

Rafael – Ruivinho! Vamos ter que ir. Já são quase 20:00 horas da noite.
Raul – As horas voaram. E a cerveja?
Rafael – Se você quiser posso ir na sua casa amanhã.
Raul – Que horas?
Rafael – Posso matar aula e ir para sua casa.
Raul – Isso não vai lhe causar problemas?
Rafael – Não! Estamos no início das aulas e o Fábio segura as pontas para mim.
Raul – Blz! As 08:00 horas da manhã?
Rafael – Pode ser as 07:30. Daí passo a manhã inteira com você.
Raul – Perfeito!

Os dois deitados sobre a grama observavam o sol indo embora, trocando caricias e abraços longos. Os dois olharam-se e beijaram-se pela última vez. Rafael deitado sobre o peito de Raul o abraçava muito forte e dizia...

Rafael – Que coisa boa. Como é bom ficar assim com você. Que sensação boa...

Raul apenas sorria com as caricias de Rafael, que naquele momento fez uma declaração inesperada para um primeiro encontro.

Rafael – Cara. Esquece o que eu te disse, eu acho que mudei de ideia.
Raul – Esquecer o que? Do que estas falando?
Rafael – Esquece aquilo de que eu quero curtir a vida, que não queria...
Raul – Que não queria o que? Fale
Rafael – Que não quero namorar! Eu quero namorar com você!
Raul – Namorar? Mas nem nos conhecemos direito.
Rafael – Eu sei que não nos conhecemos, mas é tão bom ficar assim deitado sentindo a tua barba, sentindo teu peito. Eu quero isso para sempre!
Raul – Meu anjo! Vai ser para sempre. Estou perigosamente apaixonado...
Rafael – Estamos perigosamente apaixonados.

Os dois levantaram-se para ir embora. Raul, levou Rafael até o ponto de ônibus chamado de “Triangulo”. Sem que os dois pudessem trocar nenhum tipo de abraço, beijos, caricias ou qual quer demonstração de carinho. O medo que Raul tinha era muito maior do que o de Rafael. Existia um grande perigo que Raul corria, relacionando-se com Rafael. A idade, afinal Raul tinha 19 anos e Rafael 17, o que poderia caracterizar-se como crime. Mas, ele tentava tirar estes pensamentos da sua mente, a sensação de correr Perigo era muito maior.

Ao chegar em casa, Raul sentou no sofá e começou a lembrar de cada segundo vivido ao lado de Rafael. Lembrou das loucuras, dos sorrisos, dos beijos, do olhar perigoso e atraente e principalmente do cheiro. Um cheiro amadeirado e forte. Poder viver tudo o que mais sonhará fez com que ele não segurasse as lagrimas. Eram lágrimas de felicidade.
Pensando em tudo o que estava vivendo, Raul viu o seu celular apitar. Era uma mensagem de Rafael, que diziam as seguintes palavras...

“Estou no ônibus e não consigo parar de lembrar da sensação de estar ao seu lado, do teu cheiro e da sensação de tocar a tua barba”

Juntamente com a mensagem, Rafael encaminhou uma foto sorrindo. Raul, chorava ainda mais. Era uma emoção tão grande, no fundo do seu coração ele sabia que estava nascendo um sentimento verdadeiro. Sentimento puro mais ao mesmo tempo tão pecaminoso, tão descriminado pela sociedade. Como seria enfrentar um amor com alguém que escondia seu verdadeiro eu. Ele gostaria de poder gritar paro o mundo inteiro que tinha acabado de conhecer seu grande amor.


Continua...


Uma História escrita por: Ruan Carlos Sansone
"Esta é uma obra baseada na livre criação artística e sem compromisso com a realidade"

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Capítulo 04

A conversa dos dois seguiu em frente por horas, a cada nova mensagem que apitava no APP de Raul, mais vontade de conhecer o Rafael ele tinha.

Rafael – Agora está melhor.
Raul – Lhe sinto mais. Como se você existisse.
Rafael – Claro que existo. Que tal me conhecer?
Raul – Bora!
Rafael – O que achas de irmos tomar um sorvete ali no Bella Romana?
Raul – Claro! Será um grande prazer!

O convite estava feito e marcado, iria acontecer na terça - feira ás 18h00min. Após toda aquela conversa, Raul não conseguia parar de pensar no encontro dos dois. Mas ele não imaginava o que iria acontecer naquela sorveteria, por mais que pudesse imaginar e criar expectativas. O que verdadeiramente iria acontecer não era nada do que se passava em sua mente...

Estava um calor infernal naquela tarde de terça - feira, em um dia típico de verão, em Fevereiro. O Raul não se aguentava de ansiedade e chegou na Sorveteria Bella Romana ás 17:30, sentou-se em uma das mesinhas, na calçada da rua Independência. Solicitou ao garçom um sorvete de ameixa com iogurte, acompanhado de um copo de água com gás.
Sentado ele observada as pessoas andando na rua, com sacolas de compras, em um corre - corre de final de dia. Ele podia sentir o suor escorrendo em sua testa e olhando para o céu azul com um grande e belo sol, ele pensou em sua vida, em toda a situação de conhecer um estranho, de querer tanto conhecer alguém que nunca viu, do perigo de conhecer alguém que trocou algumas palavras pela internet.
As horas passaram lentamente, mas já eram 18h10min, e nada do Rafael aparecer. Raul olhava todo momento o celular, foi quando apareceu uma mensagem, no Whats...

Rafael – Cara. Eu lhe vi ai sentado.
Raul – Aonde tu estas?
Rafael – Estou indo ao teu encontro!

O coração de Raul disparou, parecia que iria sair pela boca... Quando alguém colocou a mão sobre seu ombro e ao virar-se, era o Rafael.

Rafael – E ai, cara. Beleza?
Raul – Oi, tudo bem e com você? Achei que não viria mais!
Rafael – Estou ótimo. O importante é que estou aqui.

Rafael tinha a pele branca, olhos castanhos escuros e estatura mediana. Estava vestindo uma calça Jeans escura, uma camisa com o rosto da cantora Marilyn Monroe, e usava um tênis preto. Ele sentou-se e tirou os óculos Rayban.

Rafael – Cara. Atrasei-me. Meu coroa pegou um transito.
Raul – Ele trouxe você?
Rafael – Sim, eu iria vir de Ônibus, mas ele insistiu.
Raul – Vamos pediu um sorvete?
Rafael- Na verdade eu queria beber uma Skol beats. Hehe
Raul – O que é isso?
Rafael – Você nunca bebeu aquela cerveja com a garrafa azul?
Raul – Nunca. Somente vi.
Rafael – Vamos tomar um sorvete e depois beber uma beats, então.

Então Rafael, chamou o garçom...

Rafael – Queremos duas taças, com duas bolas de sorvete.  Eu vou querer um sorvete de ameixa com iogurte. E Você, Raul?
Raul – Este é meu sorvete predileto. Quero o mesmo!
Rafael – Cara, eu amo esse sorvete. Muito melhor do que o da maquina ou do Mec donalds.

Enquanto eles tomavam o sorvete, Rafael a todo o momento cutucava Raul, com suas pernas. Raul não podia acreditar que estava conhecendo um cara tão bonito e que gostava do mesmo sabor de sorvete que ele.

Raul – Uma vez, aqui no Bella Romana. Logo, que vim de Uruguaiana, provei um sorvete de Rosas. Aqui. Acreditas?
Rafael – Sim! Eu e o Fábio depois da aula sempre vínhamos aqui. Eu amava esse sorvete, O de Ameixa tem um gosto parecido.

Após a conversa do sorvete os dois ficaram meio que sem assunto, apenas nas cutucadas de Rafael, nas trocas de olhares de Raul. Que escondia seu sorriso. Enquanto Raul distraia-se olhando os carros passar, Rafael levantou-se e saiu da mesa.
Quando ele sentiu a falta de Rafael já era tarde, ele havia sumido, levantou-se da mesa e perguntou ao garçom se não havia visto o cara que estava sentado com ele. Sem obter sucesso, Raul pagou a conta e já estava saindo do caixa, quando foi surpreendido por um beijo na testa. Era Rafael, ele deu um beijo na testa e pegou em sua mão, dizendo...

Rafael – Vamos, Vamos!

Todos na sorveteria ficaram chocados com o “beijo na testa”.
Os dois saíram em disparada pela Rua Independência, de mãos dadas. O Rafael corria sem parrar e não parava de rir. Ele correu até chegar à esquina da escola Visconde. Jogou-se na escadaria da escola e não parava de rir.

Raul – Bah! Você esta louco?
Rafael – Ainda não, mas acho que alguém vai me deixar louco.
Raul – Qual a graça?
Rafael – A tua cara! Corre, corre vamos ir até a Praça dos Correios!

Em uma nova corrida sobre as ruas do centro da cidade de São Leopoldo, Rafael corria em disparada até a praça. Ao chegar, na praça, atirou-se sobre a grama e abriu os braços.

Raul – Meu! Estou sem entender nada.

Sem que Rafael respondesse a pergunta, Raul jogou seu corpo sobre o de Rafael e ali na grama deu o primeiro beijo. Foi um beijo longo, e Rafael podia sentir o calor do corpo de Raul e as batidas do seu coração.

Rafael – O que achou?
Raul – Achei que você é louco. Todo mundo ficou chocado lá na sorveteria.
Rafael – Eles são uns idiotas.
Raul – E se algum conhecido tiver visto o beijo na testa?
Rafael – Essa é a graça o perigo, e se alguém viu? E se contar para meu pai? E se eu apanhar? E se meu pai quiser me matar. Já pensou se meu pai descobre que sou uma bichinha? HAHAHAHA

O perigo dominava Rafael, ele sabia que corria risco até de vida. Seu pai era um machão. Mas aquilo de viver perigosamente, viver o proibido o excitava.

Na cabeça de Raul, tudo aquilo era perfeito, o perigo o excitava também, viver um amor perigoso. Parecia tudo um sonho, como nos filmes da Disney que ele assistia. Os dois correndo nas ruas da independência, perigosamente apaixonados.


Continua... 


Uma História escrita por: Ruan Carlos Sansone
"Esta é uma obra baseada na livre criação artística e sem compromisso com a realidade"

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Capítulo 03

Na cabeça de Raul as coisas estavam indo muito bem, a conversa dos dois adolescentes não tinha fim. O grande problema é que Raul jamais poderia imaginar o grande risco que iria passar. O amor pode ser perigoso. De forma geral viver um amor é um grande risco. Risco de ser feliz, de sair frustrado, de se machucar. Mas ele precisava correr este risco, precisava viver!

Rafael – Cara. Como é sua vida? Fale um pouco...
Raul – Claro. Minha vida é bem parada. Estou cursando Jornalismo na Unisinos.
Rafael – Que bacana. Quero fazer História.
Raul – Eu adoro o meio da comunicação, mas estou bem no inicio do curso. E você? Estudas?
Rafael – Estou no último ano do ensino médio. Estudo no centro, na Escola Pedrinho.
Raul – Eu não conheço as escolas aqui.
Rafael – Como não?
Raul – Não sou natural de São Leopoldo. Sou natural de Uruguaiana, uma cidade que faz fronteira com a Argentina.
Rafael – Já ouvir falar dela. E esta sozinha aqui? E teus pais?
Raul – Quantas perguntas! Hehe, vamos por partes. Meu pai alugou um Apartamento para mim aqui no centro. Minha família sou somente eu e meu velho. Mamãe nos deixou quando eu tinha 7 anos. Não sei dela e nem quero saber.
Rafael – Bah! Cara tu me desculpas, não devia ter tocado nesse assunto. Mas quando falei e teus pais? Referia-me se eles sabem da sua orientação.
Raul – Meu pai sabe. Minha família em geral. Todos lidam bem com isso. E a sua?
Rafael – Pois é, lá em casa ninguém sabe.
Raul – Nem imaginam?
Rafael – Não

Os dois estavam se conhecendo melhor, quando Rafael falou que ninguém na sua casa sabia da sua orientação, o Raul ficou intrigado. Isto poderia ser um problema futuro. Rafael contou que não gostaria de assumir isto e que na sua casa seu pai nunca iria aceita-lo.

Raul – Mas não é difícil essa situação?
Rafael – Claro que é. Eu vivo uma mentira todos os dias. O Fabio que é meu amigo desde criança, sabe deste meu lado.
Raul – Mas tu não achas perigoso se expor em um aplicativo?
Rafael – Acho muito perigoso, mas lá na escola todos desconfiam. Só que sou um cara bem na minha.
Raul – Um tanto misterioso? Hehe
Rafael – Isso ai, mistério!

A facilidade com que o Rafael falava de sua vida, correr o perigo de que em qualquer momento seu pai descobrisse sua seu segredo não parecia um medo. A vida dele era uma tremenda mentira, por mais que ele fosse misterioso, tímido e retraído. O grande diferencial que Raul via era tudo isso, esta falta de medo do perigo. Como alguém sabendo que o pai jamais iria aceitar um filho “bicha” poderia se expor em uma rede social? O perigo excitava Rafael e atraia Raul.  

Raul – Vamos trocar Whats?
Rafael – Claro. Iria sugerir isso.

A conversa dos dois seguiu em frente por horas, a cada nova mensagem que apitava no APP de Raul, mais vontade de conhecer o Rafael ele tinha.

Rafael – Agora está melhor.
Raul – Lhe sinto mais, sinto como se você existisse.
Rafael – Claro que existo. Que tal me conhecer?
Raul – Bora!
Rafael – O que achas de irmos tomar um sorvete ali no Bella Romana?
Raul – Claro! Será um grande prazer!

O convite estava feito e marcado, iria acontecer na terça - feira ás 18h00min. Após toda aquela conversa, Raul não conseguia parar de pensar no encontro dos dois. Mas ele não imaginava o que iria acontecer naquela sorveteria, por mais que pudesse imaginar e criar expectativas. O que verdadeiramente iria acontecer não era nada do que se passava em sua mente...

Não perca o quarto capitulo de Os Amores Perigosos. 

Uma História escrita por: Ruan Carlos Sansone
"Esta é uma obra baseada na livre criação artística e sem compromisso com a realidade"

sexta-feira, 31 de julho de 2015

Capítulo 02

Gritando ele levantou-se, falando que queria um amor. Mas as coisas não eram tão faceias assim. Raul, não era como os outros caras, ele gostava de homem. Isso não era segredo para ninguém, todos seus amigos sabiam da sua orientação sexual. O problema era que os namoros dele não davam certo.

Bela – Amigo! Senta. Vamos conversar.
Raul – OK!
Bela – Voce tem que tirar isso da cabeça, uma hora o cara certo vai aparecer.
Raul – Bela! Esse cara nunca aparece. O que eu tenho? Estou fedendo? Ahhh! Eu devo ser muito horrível.
Bela – Amigo! Voce não esta fedendo e nem é feio. È que você gosta dos caras errados.
Raul – Ninguém me quer, você fala isso porque pra ti é fácil. Tu é linda, loira, e mulher!
Bela – Mas tu es lindo! Estamos perdendo a festa.
Raul – Pode ir pra festa, eu vou embora.
Bela – Nãoooo! Olha só eu tenho uma ideia.
Raul – Qual?
Bela – Você fica na festa, eu vou lá pedir para o DJ tocar um funk. Já, já vai ter o sorvete e vou te ajudar a procurar um “cara”.
Raul – Como assim?
Bela – Olha isso! Deixa eu pegar meu celular no sutiã...
Raul – Você é muito engraçada! Hehehe
Bela – Achei! Olha, este aqui é um aplicativo...

Mostrando o tal aplicativo, Bela explicava do que se tratara.

Bela – Amigo! Esse aqui é o “Tinder”. Um aplicativo de encontros.
Raul – Putaria?
Bela – Não! Sem putaria. Você parece que não me conhece. Olha só, este aqui é o Carlos lembra?
Raul – O Carlos, lá da Universidade?
Bela – Esse mesmo, aquele que tem uma banda. Eu dei like nele e ele em mim. Começamos a conversar no Tinder e semana que vem vamos ir no shopping, tomar um sorvete.
Raul – Sorvete? Sei...
Bela – Sim, sorvete. Quem sabe não ganho um beijo? AHSUHHSAHUUHSAU.

Após a conversa, Bela ensinou Raul a baixar o Aplicativo. Os dois animados com a conversa, principalmente ele pela possibilidade de conhecer outros Carlos da vida. Bela puxou sua mão e foi ao encontro do DJ, ao seu ouvido pediu a música preferida de seu amigo. O som ficou bem alto e todos começar a dançar ao som de Na Batida da cantora Anitta. Todos os problemas, angustias foram esquecidos e os dois dançaram loucamente.

No outro dia, Bela dormiu na casa de Raul.

Bela – Amigo! Olha a hora que é. Já são quase duas da tarde.
Raul – Acho que bebemos muito.
Bela – Você já olhou teu celular.
Raul – Sim. Olhei e tem varias mensagens de alguns caras.
Bela – Uhuu! Amigo! Responde os boy.
Raul -  hehehe. Esta bem.

Os dois ficaram animados com o aplicativo e por alguns minutos estiveram conversando sobre os belos rapazes. Passaram-se uma hora e Bela foi para sua casa, enquanto isso Raul ficou mexendo no celular. Em segundo apareceu uma mensagem...“Oii, tudo bem?”.

Raul – Ola. Qual seu nome?
Rafael – Meu nome é Rafael.
Raul – Qual a tua cidade?
Rafael – Sou de São Leopoldo – Rio Grande do Sul
Raul – Sério?
Rafael – Sim. Sério UHHUASHUAS
Raul – Você é o primeiro cara que fala comigo, aqui neste App.

O papo dos dois seguiu animado, Rafael tinha 17 anos e morava em São Leopoldo. Enquanto Raul tinha 19 anos. Os dois tinham gostos bem diferentes, e suas personalidades eram totalmente contrarias. Raul, tinha uma meta, a de encontrar um amor. Rafael tinha uma meta bem diferente, curtir a vida perigosamente e loucamente sem pensar no amanhã.

Rafael – Cara. Temos que nos conhecer.
Raul – Verdade.
Rafael – Como nunca nos cruzamos na cidade?
Raul – Pois é, não sei.
Rafael – Tu vais em festas?
Raul – Vou muito. Sempre na companhia da minha melhor amiga.
Rafael – Onde você costuma ir?
Raul – Vários locais, ontem estive na Play Music. Ali na independência.
Rafael – Bah! Eu estou sempre lá na Play. Eu vou quase todos os finais de semana com o meu melhor amigo, o Fábio.

Na cabeça de Raul as coisas estavam indo muito bem, a conversa dos dois adolescentes não tinha fim. O grande problema é que Raul jamais poderia imaginar o grande risco que iria passar. O amor pode ser perigoso.


Não perca o terceiro capítulo de “Os Amores Perigosos” 

Uma História escrita por: Ruan Carlos Sansone
"Esta é uma obra baseada na livre criação artística e sem compromisso com a realidade"

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Capítulo 01

Eram 16:00 horas da tarde, quando Raul levantou-se do sofá, em direção a sua cama. As férias escolares estavam um verdadeiro, tédio. Deitado sobre sua cama em um calor aproximadamente de 40 graus, ele pensava. "Até quando vou ficar sozinho? gostaria tanto de encontrar um amor verdadeiro."

O celular começou apitar, Raul foi olhar e era uma mensagem no WhatsApp. Sua amiga Anabela, para os mais íntimos, somente Bela. 

Bela - "Hey! amigo, como você está?"
Raul - "Estou indo.."
Bela - Amigo? estas deprê?
Raul - Ahh. Estou cansado. Queria tanto encontrar alguém.
Bela - Tudo tem sua hora. Que tal irmos em uma festa hoje?
Raul - Onde?
Bela - Amigo! Vamos no Play.
Raul - Play? onde é isso?
Bela - Na Idependência, uma boate nova que abriu. Amigo, é pequeno, mas vai ter Open Bar de Vodka, energético, cerveja. Vai ter até Sorvete.
Raul - Nossa! Sorvete? ahh então vamos! HAHAHA

Raul, sentia-se mais empolgado com o convite de Bela. Na festa ele poderia se distrair, beber e ver os amigos. Bela era uma grande amiga, estava sempre tentando anima-lo.   

Bela - Amigo! Eu passo ai na tua casa as 22:30, ta?
Raul - Tudo bem. 

A festa estava marcada, os dois iriam na Play Music, uma boate pequena que ficava localizada na principal rua da cidade de São Leopoldo, onde os dois moravam. Na Play costumava tomar mais rock pauleira mas as vezes eles faziam umas festas mais alternativas. Nessas festas tocavam funk, eletrônica e pop.

As horas pareciam ter voado naquele sábado, Raul havia tomado um banho demorado no chuveiro e sentia-se bem confortável. Com a toalha enrolada na cintura ele abriu seu guarda roupa a procura da roupa ideal. No seu guarda roupas tinham várias camisas com estampa de caveira, de super heróis e de desenhos animados. Com tantas opções ao ver a camisa branca com estampa de caveira, em detalhes azuis, pensou que aquela seria a camiseta ideal, junto com uma calça preta skinny.

O celular começou a tocar...

Raul - Alou! Quem é?
Bela - Sou eu, a Bela. Tu não tem meu número gravado?
Raul - Ahh! Nem olhei na tela, estava esperando teu whats.
Bela - Já estou aqui na frente do seu prédio. Esta pronto? 
Raul - Sim. Estou.
Bela - Então desce! Estou aqui em baixo com as gurias!
Raul - Ok!

Pensava ele, quem será que veio com a Bella? Ela não havia falado que teria outras pessoas na companhia deles. Sem pensar mais, deu uma última olhada no espelho e falou...

Raul - Esta noite quero encontrar meu amor!

Apagou as luzes, fechou a janela de casa e desceu as escadas do prédio.

Bela - Até que em fim a bonita desceu! HAHAHA
Raul - Oi, bela.

Em um alegre Oi, Raul cumprimentou Clara e Luise. As amigas da Bela. Todos foram andando até a Play Music, a boate ficava perto da casa dele. Rapidamente todos estavam dentro da boate, que sobre um som ensurdecedor tocava a musica, 7/11 da cantora Beyoncé. 

Bela - Uhuu! Vamos dançar meninas. E menino kkkk

Enquanto as meninas dançavam loucamente Beyoncé. Raul buscava vodka com energético. Ele odiava Beyoncé, mas para não fazer feio se mexia ao som da batida. O que ele mais queria era poder escutar um batidão, funk. Sem deixar que a musica o dispersasse, ele cuidava a todos á sua volta. Foi neste momento que o DJ aumentou ainda mais o som. Todos na balada começaram a cantar em inglês o refrão da música.

"Oh let go like alcohol
Don't you drop that alcohol
Never drop that alcohol, never drop that alcohol
I know you thinkin' bout alcohol
I know I'm thinkin' bout that alcohol"

Ele sentia-se um extraterrestre, mesmo já um pouco alcoolizado a alegria a sua volta não o contagiava. Sem estar animado foi sentar-se e beber, pensar na vida e quem sabe até chorar. Bela, ficou lá na pista dançando loucamente todos os sons que tocaram. O DJ tocou Lady gaga, Madonna, Rihanna, Britney spears... 

Sentado em uma cadeira de plástico ele começou a observar o lugar. A boate Play Music era escura, além de apertada com poucas luzes e sobre a parede tinha uma tinta escura que não era nem preto e nem marrom. As sensações misturavam-se, naquele ambiente sombrio. Os olhos dele estavam fechados, era como se ele pudesse ir para outra dimensão, sobre o efeito das bebidas e da música alta. Sem que fosse possível perceber, em um susto Bela chegou e acabou com o seu sonho.

Bela – Amigo! Você está bem?
Raul – Estou, estou.
Bela – Criatura, o que você esta fazendo ai sentado, dormindo?
Raul – Não estou dormindo. Estava descansando as vistas hehehe
Bela – Amigo! Esta tocando Lana, vamos dançar?
Raul – Ahhh! Eu não gosto dessas musicas.
Bela – Acho que você está precisando de mais um copo vodka!
Raul – Não, não preciso de bebida. Preciso de um amor!

Gritando ele levantou-se, falando que queria um amor. Mas as coisas não eram tão faceias assim. Raul, não era como os outros caras, ele gostava de homem. Isso não era segredo para ninguém, todos seus amigos sabiam da sua orientação sexual. O problema era que os namoros dele não davam certo.

Bela – Amigo! Senta. Vamos conversar.
Raul – OK!
Bela – Voce tem que tirar isso da cabeça, uma hora o cara certo vai aparecer.
Raul – Bela! Esse cara nunca aparece. O que eu tenho? Estou fedendo? Ahhh! Eu devo ser muito horrível.
Bela – Amigo! Voce não esta fedendo e nem é feio. È que você gosta dos caras errados.
Raul – Ninguém me quer, você fala isso porque pra ti é fácil. Tu é linda, loira, e mulher!
Bela – Mas tu es lindo! Estamos perdendo a festa.
Raul – Pode ir pra festa, eu vou embora.
Bela – Nãoooo! Olha só eu tenho uma ideia.
Raul – Qual?
Bela – Voce fica na festa, eu vou lá pedir para o DJ tocar um funk. Já, já vai ter o sorvete e vou te ajudar a procurar um “cara”.
Raul – Como assim?
Bela – Olha isso! Deixa eu pegar meu celular no sutiã...
Raul – Voce é muito engraçada! Hehehe

Continua... 

Uma História escrita por: Ruan Carlos Sansone
"Esta é uma obra baseada na livre criação artística e sem compromisso com a realidade"